-- Ai de nós! -- choravam os habitantes -- não vamos dar mais passeios pelo mar nas noites de lua cheia, não vamos visitar mais as outras ilhas, não vamos fazer mais negócios.
Mas os comerciantes sossegaram-nos.
-- Durante estes anos -- disseram eles -- graças à nossa grande barca, andámos navegando de ilha em ilha, de porto em porto, a comprar e a vender e fizemos negócios tão bons que juntámos muito dinheiro. Por isso, como aqui não há outra árvore enorme, e as árvores que agora temos fazem muita falta se forem cor-
Sophia de Mello Breyner Andresen, A Árvore, 7.ª edição, Porto, Figueirinhas, 1995, p. 25, ls.1-12.
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