-- Francisco! Velhaco, estúpido, biltre, macaco sem rabo, anda cá! Ao menos uma vez na vida, serve-me para alguma coisa!
Francisco aproximou-se, importante e solene.
-- Falas o francês mas deves falar muito bem o árabe, e vais servir de intermediário entre mim e estas senhoras. Elevo-te à dignidade de intérprete; antes de mais nada, pergunta às duas belas estrangeiras quem são, donde vêm e o que querem.
Sem reproduzir os esgares de Francisco conduzirei a conversação como se ela tivesse sido em francês.
-- Senhor -- disse a turca, pela boca do negro --,
Théophile Gautier, O Cachimbo de Ópio [seguido de «A milésima segunda noite], trad. Maria Luísa Rodrigues, Lisboa, Rolim, s.d., p. 25, ls. 1-12.
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