terça-feira, 11 de dezembro de 2012

     -- Ai de nós! -- choravam os habitantes -- não vamos dar mais passeios pelo mar nas noites de lua cheia, não vamos visitar mais as outras ilhas, não vamos fazer mais negócios.
     Mas os comerciantes sossegaram-nos.
     -- Durante estes anos -- disseram eles -- graças à nossa grande barca, andámos navegando de ilha em ilha, de porto em porto, a comprar e a vender e fizemos negócios tão bons que juntámos muito dinheiro. Por isso, como aqui não há outra árvore enorme, e as árvores que agora temos fazem muita falta se forem cor-

Sophia de Mello Breyner Andresen, A Árvore, 7.ª edição, Porto, Figueirinhas, 1995, p. 25, ls.1-12.

Sem comentários: